Por ter nascido e vivido numa região com fácil
acesso para tudo, com todo tipo de lojas e mercados, com transportes públicos
próximos de minha casa, não só relutei e como demorei MUITO para tomar coragem
(e também ter a necessidade), de dirigir 1 carro...
Mesmo com medo, quando começaram a surgir as
primeiras grandes mudanças na carteira de habilitação (fins dos anos 90), mesmo
sem precisar, fui fazer aulas de auto – escola, passei nos exames, (mesmo que o
prático tive de fazer 2 vezes por conta da baliza), em poucos meses, estava com
a minha carteira de motorista... Na gaveta!!!!!!!
Apenas em 2008, exatos 10 anos após poder ser
considerada "apta" a dirigir, senti a REAL necessidade de fazê-lo,
quando me vi assumindo 2 cargos públicos, longe de casa, além de passar a
semana fora de casa, alugando assim 1 quarto na casa de 1 senhora, para
conseguir conciliar a carga horária de ambos os cargos... Mas como era longe de
casa, e toda semana era 1 "leva – e – traz" de marmitas, roupas
limpas & sujas, materiais escolares, trabalhos para corrigir, sem contar as
saudades da minha casa, família e MEU quarto, precisei largar o medo de lado,
tirar os quilos de poeira e teias de aranha da minha CNH, e me aventurar na
Rodovia Anhanguera todas as sextas – feiras a noite e aos domingos a tarde!!!!!
Coincidentemente, meu irmão estava para vender o
carro dele, e acabou que papai o comprou e me deu... Era o "Bobby", 1
Peugeout branquinho, simples,
fofo, & MUITO guerreiro,
que teve toda garra e coragem de me aguentar... Mas foi apenas em 2009 que isso
ocorreu, e foi com esse pequeno aventureiro, que gradativamente fui derrubando
meus medos, conhecendo as estradas, pegando o jeito das curvas sentindo a
máquina nas garoas e nos temporais, e percebendo o que fazer (ou não), nas mais
diferente situações...
Foram viagens, passeios, idas a casa de meus pais,
ao sítio, mas PRINCIPALMENTE,
foi 1 eterno "ir – e – vir", entre Parque Morro Doce & Vila
Leopoldina, onde enfrentamos entre muitos motoristas desatentos, com
"sangue nos olhos", e prepotentes, também, manhãs de intensas
cortinas de neblina (em especial quando ainda lecionava no período matutino), e
fortes chuvas... Presenciamos acidentes, mas o PIOR período, foi quando houve a
ampliação de faixas num longo trecho da Anhanguera, que me obrigou a fazer o
mesmo trajeto, que eu cumpria no máximo em 30 minutos, em 1 hora e meia, ou
mais +... Chegava EXAUSTA em casa sem conseguir sentir minhas pernas,
principalmente a esquerdas, pois andando a 20 ou 30 por hora, e “jogando”
constantemente com a embreagem, HAJA músculos, o que sãos algo que não tenho...
Ficamos juntos, até o início de 2017, quando ele (sendo de 2006), já demonstrava sinais de
fraqueza, talvez por conta da "idade avançada", e de TANTO ter rodado comigo... Foi 1
GRANDE companheiro... Acompanhou meus últimos meses de solteira, passando pelo
meu noivado, meu primeiro casamento, o nascimento de minhas filhas, carregando
os 4 para todos os lados divertidos com passeios e viagens, mas também
necessários, como escola, e visitas a médicos e até hospitais... Me suportou e
silenciosamente me ouviu lamentar e chorar, quando me divorciei, mudei de
período de trabalho, o que mudou radicalmente TODA 1 rotina que se repetia há TANTOS anos... Enfim presenciou meu renascimento, e mais um
pouquinho do desenvolvimento e cerscimeto das minhas princesas... Mas nos
primeiros dias de março de 2017, o vendi, dando lugar a 1 Honda Civic, mais conhecido (por mim), como FRIDA, que me "nasceu"
aos 11 dias do mês de março do mesmo 2017...
Compacta, mas espaçosa, a novidade que penei a me
adaptar foi seu câmbio AUTOMÁTICO,
pois além de me "faltar"
o pedal da esquerda (a que estava habituada há algum tempo), ainda era PROIBIDA de mexer no câmbio,
durante todo & qualquer trajeto... Confesso que não foi NADA fácil a fase de READAPTAÇÃO na direção, mas
acredito que hoje passaria pelos mesmo problemas se dirigisse 1 carro SEM câmbio automático...
Comigo, a nossa valente vermelhinha, já passou por
muitos obstáculos (valetas), algumas estradas de terra, mas assim como meu
saudoso "Bobby",
sabe de cor o caminho de casa ao trabalho e – vice – e – versa, pois estou na
mesma escola desde 2009...
Estranhamente, este ano a
minha pequena guerreira deve estar estranhando (mas até gostando muito), pois
desde meados de março deste ano (2020),
até então - (escrevo este texto no início de novembro ("AINDA"), do mesmo ano) -
por conta de uma PANDEMIA, e
com a "ajuda" de 1 des-governo, estamos em uma ETERNA quarentena que ue estºa beirando seu oitavo
"mesversário", como chamam as mamães apaixonadas que comemoram cada
mês de vida de seu rebento... Nunca gastei TÃO
pouco de combustível, e FRIDA
nunca esteve tão descansada e em paz...
Enfim, depois de todas essas palavras posso dizer
que, PARA MIM, não vejo 1
carro como um simples objeto, e sim como algo que de certa forma faz parte de
mim, e da minha família, pois sem o mesmo, a dificuldade d locomoção,
deslocamento, entre outras "mordomias" inexistiriam, pois pode não
ser muito barato a manutenção de 1 automóvel, mas se bem cuidado, mesmo que sem
luxos, "ganha – se" conforto, segurança & liberdade!!!!!!!
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