Pois é., não paramos para pensar, mas a partir do momento que viemos ao mundo, não somos EXATAMENTE os mesmos, nem sequer de um milésimo de segundo ao outro... Estamos em constante contato com tudo e todos ao nosso redor, e isso nos modifica, de todas as formas possíveis e inimagináveis... Nosso olhar, nossa maneira de sentir, agir, perceber, pensar, relacionar...
Tudo o que somos, é um misto do que temos de inato, (ou seja, que já vem conosco, pré-transmitido na corrente sanguínea, herdado geneticamente por nossos ancestrais), misturado pelas influencias do nosso meio familiar, cultural, territorial, escolar, amigável, e tudo mais o que nos afeta direta e/ou indiretamente, positiva ou negativamente... Com isso, acredito que aprendemos, ao longo de nossa caminhada vital, o que fazer, quem seguir, como fazer, como seguir, como agir, o que buscar, entre outras atitudes... Ou não!!!!!!! E nesse entremeio de tudo, surgem nossos desejos, metas, anseios, e consequentemente, nascem novos e maravilhosos desafios...
Em determinadas situações, nos vemos largando mão de 1 ou outra coisa, por conta de 1 ou outro detalhe... Ou por não nos imaginarmos capazes verdadeiramente de realizar 1 ou outro feito... E por incrível que pareça, até esse "largar mão" de fazer algo, pode ser reflexo de algo já vivenciado, que pode não ter sido das melhores experiências, e o reflexo disso é a tal da desistência, e o que nos faltou, no exato momento da tomada de decisão, foi voltar a acreditar que até pode dar errado, mas ao menos tentamos, de novo, e de novo, e de novo, mas agora, mesmo que AINDA receosamente, sem o mesmo pensamento de antes, mas sim acreditando que, SIM pode enfim, ATÉ dar certo...
Infelizmente estamos numa fase da história da humanidade que só se pensa no próprio umbigo, e mesmo que internamente não acreditamos que somos capazes de realizar o que queremos, e em sua grande maioria, se cria 1 espécie de máscara, para se passar a impressão que cada 1 é superior ao outro, que podemos mais que os demais, mas a verdade não é bem essa...
O que mais me entristece, é o que a humanidade está perdendo, que é o foco no outro, claro, não esquecendo de si, mas também não se colocando como "único no mundo", mas sim, como "+ 1 no mundo", se sabendo complemento de uma infinidade de possibilidades, e mais ainda, sabendo-se incapaz de ser & viver sem esse outro, independente se esse OUTRO é do mesmo sexo, ou não, da mesma religião, crença, cor, opção sexual, nacionalidade, ou o que quer que seja de mais lindamente diferente, pois é EXATAMENTE essa diferença que nos completa... É nela que nos formamos e tornamos quem somos... E com ela, nos sabemos INFINITAMENTE incompletos, pois como disse no início deste texto, estamos continuamente apendendo & apreendendo com tudo, com todos e ainda, com toda e qualquer situação, seja ela, vista e/ou vivenciada...
Meu medo é que a humanidade está perdendo o foco nela mesma, centrando-se única e exclusivamente no INDIVÍDUO, esquecendo que este mesmo, sozinho não sobrevive nem se quer vive são & salvo por muito tempo... Receio que possa ser tarde demais, caso exista 1 momento de retomada, quando TALVEZ os "Homos Sapiens" percebam que "sozinhos não fazem verão", primavera, outono ou inverno, ou seja: me apavora a ideia de que possa ser tardia a retomada das rédeas da HUMANIDADE por ela mesma... Ainda mais com os últimos ocorridos, e marcados nas últimas páginas de sua incontável história...
Não deveríamos nos sentir donos de nós, de 1 sexo ou de outro, de 1 cor ou outra, de 1 religião ou de outra, de 1 tribo/opção ou outra, mas SIM, ir além do básico, se abrindo dia a dia, hora a hora, minuto a minuto, para as sutilezas que nosso viver na terra nos trás, nos permitindo, nos abrindo para a simplicidade de cada instante que não volta, e ENFIM enxergando a nós mesmos e aos demais, como parte de 1 todo... Parte de 1 ÚNICA & "maravilinda", RAÇA HUMANA, carregada de seus mistérios, culturas, costumes, cores, formas, tamanhos... E ainda assim, em meio a toda essa diversidade, se completa, complementa, mistura, aprende apreendendo tudo que puder, pois conhecimento nunca é demais e não ocupa espaço...
De nada adianta nos dizermos "detentores de saberes", se os mesmos não saem das prateleiras, ou da própria mente... A beleza maior está em dividir, compartilhar, e trocar experiências e os mesmo saberes, desde os mais simplórios aos mais complexos, pois assim, SIM, se cresce, e EVOLUI...